No emaranhado da crina do corcel,
Ficou um rastro de vento.
Esvoaçando o vestido da noiva,
Brinca levado o vento.
Destelha, parte, derruba,
Agita, levanta, tremula,
Varre, empurra, tudo muda de curso.
Velas inchadas, barcos velozes,
Guarda-sol rolando na areia.
Se abro os olhos vejo vindo a tempestade
E me pergunto se sou eu quem a semeia.