Tudo ficou fora de lugar, de repente, as coisas voando para o infinito que ela não conseguia segurar.
E voavam com a intensidade dos sentimentos mais frescos e abruptos.
Um caroço de pêssego, furando sua carne macia, descendo pela garganta larga que não cansava de salivar. Mais que isso, de engolir sensações novas. Aquele desejo.
Um pano segurando a boca e as palavras saindo às cegas, quase sem susto,porque cegos sabem por onde andam, sentimentos também. Conhecem todos os pontos do itinerário.
Nada mais pousa e tem controle.
E é assim, subitamente e há milhares de anos,que os corpos se querem.
Neusa Doretto
3 comentários:
SISTERRRRRRRRRRRR!!! Eu até ia postar hj..mas teu poema me deixou muda!!!me vesti de espanto e encantos:)) Prefiro deixá-lo aqui, reinando mais um tempo!!! Belíssimo, belíssimo!!!
Grande bjo!!!
Isso,me deixa boiar mais um pouco nos olhos de quem me lê....temos tempo mesmo.....posta semana que vem.....mil beijos,tão querida sister!
Neusóca :)
É realmente incrível pensar o quanto os nossos sentimentos possuem, literalmente, vontade própria.
Bjos!
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