18 de jun. de 2013

" Frisson "


  • Tudo ficou fora de lugar, de repente, as coisas voando para o infinito que ela não conseguia segurar.
    E voavam com a intensidade dos sentimentos mais frescos e abruptos.
    Um caroço de pêssego, furando sua carne macia, descendo pela garganta larga que não cansava de salivar. Mais que isso, de engolir sensações  novas. Aquele desejo.
    Um pano segurando a boca e as palavras saindo às cegas, quase sem susto,porque cegos sabem por onde andam, sentimentos também. Conhecem todos os pontos do itinerário.
    Nada mais pousa e tem controle.
    E é assim, subitamente e há milhares de anos,que os corpos se querem.
    Neusa Doretto

3 comentários:

Mara faturi disse...

SISTERRRRRRRRRRRR!!! Eu até ia postar hj..mas teu poema me deixou muda!!!me vesti de espanto e encantos:)) Prefiro deixá-lo aqui, reinando mais um tempo!!! Belíssimo, belíssimo!!!

Grande bjo!!!

NDORETTO disse...

Isso,me deixa boiar mais um pouco nos olhos de quem me lê....temos tempo mesmo.....posta semana que vem.....mil beijos,tão querida sister!

Neusóca :)

Larissa Bello disse...

É realmente incrível pensar o quanto os nossos sentimentos possuem, literalmente, vontade própria.

Bjos!