23 de set. de 2011

16 de set. de 2011

mate harmônico







Meu marido que é deus
Casou-se comigo ao perder de vista
Amou-me
Consagrou-me santa de todo altar
Encarnou em mim seu fardo
Seu receio que afronta liberdade
Sufocado estava de amor violento
ERA IDADE
Hoje coagido
Transborda amedrontado
Não quer me ver partir
Eu te digo, meu marido:
Monogamia é criatura rígida
Penetra em nossa raiz.
Porém, não te despeças de mim
Que por ora falo em ir embora
Ora decoro a casa
Eu nunca sei de mim.







 Image by felixxkatt