22 de fev. de 2011

carapaça






No dia em que nasci
Sei lá se chorei
Ou se desmontei a sorrir
Sei apenas que cresço
E alargam-se dúbias
Minhas terras índias
E a carapaça que cobre a matéria sanguínea
Fortalecida ergue-se ao redobrar das horas
E a menina que um dia alardeava sóbria
Seus rituais de vida e desforra
Torna-se
Deliberadamente
Pura e casta
Eu singular imprópria.





Imagem ursulav

12 comentários:

Letícia Palmeira disse...

Na cara e na coragem tento fazer deste grupo de mulheres poetas.

Beijo a todas.

Letícia Palmeira

kiro disse...

Que beleza. Adolescia, consciencia... Belo mesmo!!!

"Pura e casta
Eu singular imprópria."

Se é o que tentas, na cara e na coragem, consegues Letícia!!!

^_^'

Amei...

Bjss ♥

Celso Mendes disse...

Singular todos somos. Impróprios, só quem pode.

Gostei muito do poema, que evolui de forma muito interessante.

Beijo.

Unknown disse...

"Eu singular imprópria" Gostei, poetisa!

NDORETTO disse...

Idem,idem: Amei isto: Eu, singular,imprópria!!!

Bem vinda,sempre, poesia ou prosinha...rsrsrsr.....Mais beijos :)
Neusa

Letícia Palmeira disse...

Gente do bem,

Ainda errei no comentário. Que eca.
Mas é isso. Tentarei fazer parte do grupo de vocês. =)

Beijo.

Zélia disse...

Bom, eu estou vindo aqui só agora. Digo que você tem o meu aval (se é que era preciso! Hehehe!). A "carapaça" ficou perfeita e, o peixe, pode tirar a rolha da garrafa a qualquer hora que quiser... ;)

Rosangela Ataide disse...

Com o tempo e a carapuça, nos tornamos todos impróprios - donos dos próprios narizes!
Bj.

ítalo puccini disse...

ô boniteza de poema este. tão bem construído! parabéns.

Priscila Lopes disse...

muito bom teu poema; um dos meus preferidos da semana! abraço

Flá Perez (BláBlá) disse...

singular imprópria foi genial!

Eder disse...

E eu nem conhecia esse seu lado verseiro, Letícia... penso, meu deus, tudo o que você faz é bom assim? rsrs

E ah... acho que você se desmontou a sorrir, só pode rsrsr