Um poeta é um amaldiçoado: sua sina é ter a palavra cravada na garganta, um pé enroscado numa sílaba, as mãos amarradas às costas das coisas que não sabem falar, por isso sua língua lambe tudo o que encontra. Um poeta se voasse deixaria de criar...
Depois de algum tempo lendo o seu blog, muito interessante saber que irá participar do Seminário de Estudos Literários do Ibilce. À propósito, muito curioso esses versos. De certa perspectiva, o poeta, se voasse, deixaria de criar mesmo; de outra, "pular do andaime" não poderia ser uma forma de representar a ousadia poética? Fez-me lembrar, aliás, de um poema de Lou Salomé, embora não tenha nada a ver, que se inicia justamente assim: "ouse, ouse... ouse tudo!".
Para a Gauche: O poeta se alimenta do sonho de Ícaro, sabe que não sabe voar, mas cria formas para alçar esse vôo. Talvez por isso a escolha do sofá, como o lugar do sonho e não o andaime real. Acho o andaime um modo muito referencial para voar, pois implica cair e se estatelar no chão: a poesia mais referencial corre esse risco. Foi assim que eu entendi...
obrigada pelo retorno;) Estou feliz pelos questionamentos, impressões que meu poema gerou aqui e confraternizo com o seu olhar; vc vislumbrou além do andaime:) *Concordo com Gauche quando diz; "ouse, ouse,ouse" ( estamos ousando , sempre que a palavra se "joga " aqui), bjos
8 comentários:
Concordo.
Será que somos covardes
ou é o que?
Bjo!
Um poeta é um amaldiçoado: sua sina é ter a palavra cravada na garganta, um pé enroscado numa sílaba, as mãos amarradas às costas das coisas que não sabem falar, por isso sua língua lambe tudo o que encontra. Um poeta se voasse deixaria de criar...
Bjs!
Aff, lindíssimo isto que esta moça ; Susannah escreveu...
acho que vou retirar meu poema e postar este dela, ahãaaaaaaaaaaa:)
A D O R E I!
Bom. Bom e bom. Gostei muito,imensamente,Marinha!
bjs
neusa
Depois de algum tempo lendo o seu blog, muito interessante saber que irá participar do Seminário de Estudos Literários do Ibilce. À propósito, muito curioso esses versos. De certa perspectiva, o poeta, se voasse, deixaria de criar mesmo; de outra, "pular do andaime" não poderia ser uma forma de representar a ousadia poética? Fez-me lembrar, aliás, de um poema de Lou Salomé, embora não tenha nada a ver, que se inicia justamente assim: "ouse, ouse... ouse tudo!".
Abraços poéticos, caro.
Para a Gauche: O poeta se alimenta do sonho de Ícaro, sabe que não sabe voar, mas cria formas para alçar esse vôo. Talvez por isso a escolha do sofá, como o lugar do sonho e não o andaime real. Acho o andaime um modo muito referencial para voar, pois implica cair e se estatelar no chão: a poesia mais referencial corre esse risco. Foi assim que eu entendi...
Bjs!
Susannah,
obrigada pelo retorno;)
Estou feliz pelos questionamentos, impressões que meu poema gerou aqui e confraternizo com o seu olhar; vc vislumbrou além do andaime:)
*Concordo com Gauche quando diz; "ouse, ouse,ouse" ( estamos ousando , sempre que a palavra se "joga " aqui),
bjos
" Num falei procê, cumade que o versinho era bom?"" Óia o sucesso,visse!!( rsrsr!)
bjs
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