9 de dez. de 2011

DEVOLVER

O poeta cego

escrevia num braile áspero

de ferir os dedos.

As palavras

Esfolavam-lhe as mãos,

Mas saltavam aos olhos,

e aos sentidos dos leitores.

Ele via o mundo

Da escuridão e o devolvia

tinindo em cores.

3 comentários:

Lídia Borges disse...

Ver e fazer ver com a alma toda.

Muito bom, este "Devolver"


Um beijo

Letícia Palmeira disse...

Braile áspero. Bela combinação.

NDORETTO disse...

Ah, que poema bonitooooo !!!!!!

Gostei muito, cheguei a ver a fome de poesia nos dedos.

Beijo