6 de jun. de 2012

espólio



O amor 


Ainda  há meses 
doendo às vezes 
Sobre panos onde se come 
Lençóis onde se dorme 
As travessas brancas 
As peças tantas 
Lãs e mantas 


Fotografias 
Desses dias. 

4 comentários:

Sílvia Ribeiro disse...

o que há de mais triste que o "espólio" de um amor? todas as coisas parecem ficar de luto.
belo poema...

bj

Mara faturi disse...

Ahhh!! sister...que poema mais lindo!!!!!
Daqueles de cortar com seda fina...adoro tua poesia nos meus dias;))
Grande bjo!

chris ritchie disse...

Ainda bem que existe a casa dos outros e, mais do que isso, o futuro com verão despido e louças coloridas! Assim podemos todos sermos resgatados de dores tamanhas, se quisermos...
xx

Larissa Bello disse...

O que corrói por dentro não destrói os objetos tocados e nem as lembranças do ser amado.

Bjos!