9 de mar. de 2012

M.A.D. E O TEMPO

Gosto de brincar com o tempo.

Falo-lhe pouco e devagar,

mas escrevo rápido demais,

mais que uma frase densa por segundo:

“Aos homens cabe esperar

e se curvar quando passas”.

Ele se envaidece e venço no contra-relógio.

Continuo correndo, e corro muito,

deixando o coelho branco para trás.

Ficamos de mal, o tempo me bate,

me mostra a velhice daqui a um ano

e sou obrigada a lhe dizer o óbvio:

“Te faço hoje pudim de chocolate

e, mais do que a mim, eu te amo”.

2 comentários:

Mara faturi disse...

Aiiii Chris...que poema mais lindo...ludicicamente belo!!
Tuas imagens ficaram brincando nas minhas horas!!
*Gosto muito da tua poesia...mas este poema está aquém de qualquer adjetivo em que eu possa expressar todo meu encantamento;))
Bjos!

chris ritchie disse...

Obrigada, Mara! Embora toda obra signifique mais do que pretende (Camus), acho que grande parte da minha intenção se encontra na sua leitura. xx