Gosto de brincar com o tempo.
Falo-lhe pouco e devagar,
mas escrevo rápido demais,
mais que uma frase densa por segundo:
“Aos homens cabe esperar
e se curvar quando passas”.
Ele se envaidece e venço no contra-relógio.
Continuo correndo, e corro muito,
deixando o coelho branco para trás.
Ficamos de mal, o tempo me bate,
me mostra a velhice daqui a um ano
e sou obrigada a lhe dizer o óbvio:
“Te faço hoje pudim de chocolate
e, mais do que a mim, eu te amo”.
2 comentários:
Aiiii Chris...que poema mais lindo...ludicicamente belo!!
Tuas imagens ficaram brincando nas minhas horas!!
*Gosto muito da tua poesia...mas este poema está aquém de qualquer adjetivo em que eu possa expressar todo meu encantamento;))
Bjos!
Obrigada, Mara! Embora toda obra signifique mais do que pretende (Camus), acho que grande parte da minha intenção se encontra na sua leitura. xx
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