28 de nov. de 2011

nevermore, amor



meu olhar
centelha
sua cegueira
ofusca

sem chance/choice
de futura
chama


valéria tarelho

*imagem: Nevermore, de Francesca Crescentini, inspirada em E.A. Poe

7 comentários:

ian lucena disse...

Linda imagem, lindo poema!

NDORETTO disse...

E os olhos ardem.
Lindo curta, danada cegueira.

\O/:)

chris ritchie disse...

Oi, Valéria. Belo poema, mas por que /choice?
xxChris

valéria tarelho disse...

Chris, porque não há opção de escolha.

Faço muito uso de estrangeirismo nos poemas [além de neologismo], é uma das marcas da minha poesia [especialmente nos escritos de 2005 a 2007]...quando não aparece no corpo do poema, vem no título, ou ambos.
Ultimanente tenho evitado, mas ainda tenho 'recaídas', como neste caso :)

Abração!

Anônimo disse...

sim... o amor existe, mesmo que soh nos pensamentos mais intimos,
mesmo que nao admitamos que ele nos cerceia,
o amor insiste,
o amor persiste,
o amor existe,
o amor cria deuses,
o amor tece preces,
o amor enaltece,
perene, quase sempre se merece,
em outras vezes se parece,
na verdade perece de juizos,
entorna os sentidos,
e faz tolos os pseudos sabios,
e eh assim que acontece,
quando o obvio nao se percebe

NDORETTO disse...

Questão e culpa da poesia.
Dá-lhe!

chris ritchie disse...

Valéria, obrigada pela resposta. Com sua explicação modifiquei minha leitura, que antes era: sem escolha "barra" choice, que é escolha. Mas é sem chance e sem escolha, certo? Então, acho que prefiro "sem choice" no poema e with choice in love, if ever possible!
Thanks again.
xxChris