6 de out. de 2011

poema pra dentro

fiz da solidão
morada.

casa de concreto
em quadrado,

formato em que
não me cabem
cantos

ou contornos.

exercício de endurecer
por força da vida.

7 comentários:

Sidnei Olivio disse...

De prima, I.ta. Abraço.

Dilmar Gomes disse...

Ei, I,ta, às vezes, poucas palavras dizem um universo de coisas, como este poema, por exemplo.
Um abração.

valéria tarelho disse...

Ítalo, vc fez a mais linda construção. E sólida. Belo, belo!

beijo,
v

Anônimo disse...

Parece dor. Mas lindo!
Parabéns.

Moni Saraiva disse...

Se no quadrado não dá pra sair pela tangente, aproveitemos as esquinas...

Cheiro, Íta!

Aninha Kita disse...

Esse eu-lírico é um José e uma Maria, sem dúvida.

Ótimo poema, capaz de amolecer até o leitor mais preso.

Beijos, beijos!
Ana*

NDORETTO disse...

Há que endurecer; mas nem tanto!

Valente, Italo!

Abraço:)